Mauricio Mulinari é catarinense natural de Xanxerê, no oeste do estado. Mudou-se para Florianópolis em 2006, quando iniciou a graduação em Ciências Econômicas na UFSC. Integrou-se, desde o início de sua trajetória na cidade, à militância política, participando durante a graduação das atividades do movimento estudantil. Foi integrante do Centro Acadêmico Livre de Economia, o CALE, entre os anos de 2006 e 2009, sendo vice-presidente da entidade na gestão 2007-2008. Durante o período da graduação, também participou do Observatório Latino-Americano, importante grupo de formação política que posteriormente se tornaria no Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC, o IELA, do qual hoje é membro.
Dessa integração entre os conhecimentos teóricos adquiridos durante o período da graduação e a inserção prática no movimento estudantil, surgiu uma convicção militante sobre a importância da organização dos trabalhadores em torno de um projeto revolucionário.
Após a graduação, Mauricio Mulinari atuou como pesquisador em torno da questão agrária em Santa Catarina. Estudou a reforma agrária e aprofundou o debate em torno da formação socioeconômica do estado. Em 2015, passa a atuar como assessor sindical ao integrar o grupo de técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) na subseção da FECESC, desenvolvendo importante trabalho junto ao movimento sindical catarinense.
Como assessor sindical, atuou ativamente na formação política de dirigentes sindicais e na construção das lutas vivenciadas pelos trabalhadores nos últimos anos. Destaca-se a participação constante em torno da luta em defesa dos direitos trabalhistas e sociais, especialmente a previdência pública, que culminaram na sua importante participação na construção da grande Greve Geral de abril de 2017 em Santa Catarina e a Ocupação de Brasília de junho do mesmo ano.
Em 2017, Mauricio Mulinari participa da construção da Revolução Brasileira, assinando o seu Manifesto fundacional. A partir de então, dedica-se também às tarefas de estruturação nacional dessa organização política. Passa a nacionalizar suas discussões sobre o movimento sindical brasileiro, o subdesenvolvimento e a dependência na América Latina e a convicção de uma necessária ruptura política em prol da classe trabalhadora, numa atuação conjunta entre vanguarda política, movimento sindical, entidades estudantis e movimentos populares.
Em 2018, filia-se ao Partido Socialismo e Liberdade, participando da inserção da Revolução Brasileira como uma corrente interna do partido. A construção partidária, desde então, deu-se com base na afirmação da necessidade do partido assumir um novo radicalismo político que hoje já está presente nas ruas do mundo inteiro. Assim sendo, acredita na necessidade de colocar o PSOL na vanguarda das lutas populares nacionais, consolidando-o como uma alternativa que possa reconstruir os objetivos de fundação do partido que hoje se encontram pouco ou nada discutidos: o socialismo e a liberdade.
Em 2019, Mauricio Mulinari inicia a Pós-Graduação em Serviço Social na UFSC, onde desempenha, de forma paralela à sua militância, pesquisas sobre a história do movimento sindical brasileiro e suas metamorfoses recentes, com destaque para as novas dinâmicas observadas a partir do Plano Real, na década de 90, e da crise capitalista que se expressou no Brasil no início da década de 2010.
Com todo esse acúmulo teórico e militante, Mauricio Mulinari se apresenta em 2020 como pré-candidato a vereador na cidade de Florianópolis. Em meio a mais uma etapa grave da crise capitalista, que impele as classes dominantes ao avanço contra a classe trabalhadora, o objetivo da pré-candidatura é construir uma referência que atue concretamente pela mobilização e organização dos trabalhadores da cidade de Florianópolis.
O Partido Socialismo e Liberdade nasce em 2004 com o objetivo de constituir uma nova radicalidade de esquerda na política nacional, em oposição ao projeto de conciliação capitaneado pelo governo do Partido dos Trabalhadores. Hoje o PSOL se organiza em nível nacional como um partido de tendências.
A Revolução Brasileira é uma organização política fundada em 2017 com o objetivo de romper com o liberalismo de esquerda e constituir uma nova vanguarda revolucionária da classe trabalhadora. Seu documento fundacional é o Manifesto Pela Revolução Brasileira, publicado em abril de 2017. A Revolução Brasileira é uma corrente interna do Partido Socialismo e Liberdade.